quarta-feira, 18 de março de 2015

FUNCIONÁRIOS SOFREM COM ASSÉDIO MORAL E HUMILHAÇÕES NO HOSPITAL GERAL DE GUAINASES DENUNCIA DEPUTADO

                                    Jornal Língua Afiada

Funcionários do Hospital Geral de Guaianases Sofrem Assédio Moral e Abuso de Poder Denuncia Deputado


Na quinta feira 13 de março, o Deputado Estadual Antonio Mentor PT/SP, ingressou com denuncia junto ao Ministério Publico do Trabalho da 2ª Região contra abusos cometidos por chefias diretas e cargos  de confiança do Hospital Geral de Guainases - " Jesus Teixeira Costa", Hospital ligado a Secretária de Estado da Saúde de São Paulo.

O Deputado Enviou ainda documento ao Secretário de Saúde do Estado  Dr. David Uip e para o Diretor do Hospital Geral Dr. Jorge Farah, requerendo providências urgentes para mudar a situação caótica e constrangedora por qual passam os servidores.

A denuncia do Deputado Antonio Mentor, foi motivada por uma série de reclamações recebidas em seu gabinete, onde, diversos funcionários manifestarão sofrer Assédio Moral de seus superiores hierárquicos.

Por ser autor da Lei Estadual 12.250 que pune o assédio moral na Administração Pública Estadual Direta, Indireta e Fundações Públicas, o parlamentar buscou ouvir os servidores em uma reunião organizada por seu gabinete. O  resultado da reunião deixou Mentor extremamente preocupado, motivando ele a levar as denuncias ao conhecimento do Ministério Publico do Trabalho.
Segundo Mentor, os relatos dos funcionários dão conta que a maioria das chefias diretas, em especial a diretora de enfermagem Anailde P. C. Olivetto e a Diretora de Internação Laura A. R. de Araujo, cometem de forma reiterada  contra os funcionários abuso de poder, assédio moral, perseguição, humilhação e violação da intimidade pessoal, chegando quase  a agressão física.

Os servidores denunciaram que estas diretoras junto com algumas chefias, constantemente gritam com os funcionários na frente de  pacientes, fazem ameaças de demissão, criam uma espécie de tribunal de humilhação e coação, onde, ficam duas ou mais chefias inquirindo e ameaçando os funcionários ali intimados. "Na maioria das vezes o servidor sai tão abalado desse tribunal que se quer tem condições de atender os pacientes, o que coloca ambos em situação critica." Disse uma funcionária que não quis se identificar.
Não bastasse isso, as chefias coagem os funcionários a assinar avaliações com rebaixamento sem qualquer explicação legal e plausível, além de gerar um clima de terror e medo junto aos servidores e pacientes.

O abuso de poder e de hierárquica chegou a tal ponto que as chefias fazem revistas em bolsas e armários sem que o servidor esteja presente, violando a intimidade dos servidores e causando um constrangimento pessoal e moral,  colocando a segurança deles em risco, podendo qualquer pessoa colocar ou retirar objetos junto aos seus pertences.

Servidores Adoecem em Função do Assédio e das Práticas Abusivas das Chefias.

O Deputado Antonio Mentor constatou, que os servidores estão extremamente adoecidos em função do abuso de poder e do assédio moral: " Verificamos que a maioria são servidores em  idade avançada, muitos próximos de se aposentar, a maioria absoluta apresenta um quadro de depressão aguda, gerando problemas de insonia, dor de cabeça, pressão alta, pelo medo e pavor de terem de trabalhar ali, em condições que por si só já são extremamente desgastante. Agora Imagina, uma pessoa dessa ser submetida a essa sessão de horrores quase todos os dias, isso é inadmissível no setor publico ainda mais se tratando de um estabelecimento publico de saúde." Disse Mentor.
Para o advogado João Batista Alves Gomes que esta acompanhando vários servidores, esta situação criada pelas chefias no ambiente de trabalho, tais como o abuso de poder e o assédio moral, tem sido alvo de medidas severas por parte do judiciário, com condenações do empregador a ressarcir financeiramente as vitimas, dependendo do caso pode ter até desdobramentos na esfera criminal.

" A Constituição Federal de 88, prevê entre os direitos sociais do trabalho a busca da dignidade da pessoa humana, devendo o trabalho trazer  orgulho ao trabalhador e não medo. Da mesma forma, o código civil prevê que aquele que der causa ao dano deve repara-lo, nesta ótica se o empregador no caso o Estado, não toma as providências  necessárias para evitar o dano causado a integridade física, psíquica e moral de seus servidores, com certeza em uma ação de reparação de danos morais e matérias sera  compelido a ressarcir tais prejuízos sofridos pelos servidores." Disse João Batista.

Pacientes Correm Riscos de Vida

Em sua denuncia, Mentor aponta risco a integridade física e a vida dos pacientes, uma vez que, na falta de medicamentos no andar os profissionais de enfermagem são proibidos de se deslocarem para outros setores para buscar os remédios, gerando  muitas vezes atraso nos horários em que tais medicamentos devem ser ministrado aos doentes, o que acaba influenciando na recuperação do paciente e em alguns casos até risco de morte.

"Ouvimos relatos de servidores que chegaram a ser humilhados ao serem retirados do setor ou andar, pelos seguranças que foram acionados pelas chefias sob gritos e ameaças extremamente constrangedoras. Isso é absurdo, o servidor passar por uma situação vexatória destas por estar cumprindo corretamente sua função, chega a ser ridículo." Disse mentor.

As ofensas pessoais a servidores com xingamentos desonrosos, levou uma auxiliar de enfermagem a registrar um boletim de ocorrência contra uma das chefias, em contrapartida para se vingar, a chefia por sua vez teria forjado um outro B.O contra a funcionária alegando que esta a teria agredido fisicamente.

Servidores Revoltados Com a Situação se Organizam 

Os servidores do Hospital geral de Guainases, revoltados com tantos abusos, resolveram se organizar e além de denunciar as arbitrariedades ao deputado, vão fazer um abaixo assinado e nova reunião com a assessoria e advogado do parlamentar já esta marcada para este sábado as 15 horas, na Av. Brasil, 2115 próximo a estação de trem de Ferraz de Vasconcelos.

Nesta reunião os servidores juntos com jurídico, assessoria e sindicato vão traçar os rumos do movimento e cogitam até em paralisarem suas atividades. Os servidores fizeram questão de esclarecer que o diretor do Hospital Dr. Jorge Farah é um excelente diretor e com certeza não teria conhecimento de tais acontecimentos, pois os servidores são impedidos pelas chefias de informa-lo de tais fatos.

Procurado pelo Jornal Língua Afiada, o diretor não quis se manifestar. O Secretário Estadual de Saúde David UIP, foi contatado através de sua assessoria de imprensa, porém não manifestou quais as providencias seriam tomadas.

Já Hélcio Aparecido Marcelino  Presidente da Federação dos Trabalhadores em Seguridade Social - FETSS, que também é diretor do SindSaúde, sindicato que representa a categoria, disse que este hospital há muito tempo vem apresentando este tipo de situação, mesmo mudando o diretor do hospital as chefias foram mantidas e permanecendo o problema. Marcelino afirmou que o sindicato e a federação estão em apoio aos servidores e destacaram uma diretora para fazer o acompanhamento do movimento dos trabalhadores, devendo inclusive participar da próxima reunião.

Por: Gilberto Braw.

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