sábado, 9 de março de 2013

COPIA DO REQUERIMENTO CONVOCANDO BERENICE GIANELLA A DEPOR NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA




AO SENHOR PRESIDENTE DA COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA HUMANA, DA CIDADANIA, DA PARTICIPAÇÃO E DAS QUESTÕES SOCIAIS








Requeiro, nos termos do artigo 20, inciso XIV da Constituição do Estado de São Paulo e do artigo 31, inciso V da XIV Consolidação do Regimento Interno, a CONVOCAÇÃO da Sra. Berenice Maria Giannella,  Presidente da Fundação CASA,  para prestar esclarecimentos sobre as recentes rebeliões ocorridas nas unidades da fundação e as graves denúncias formuladas pelos funcionários que relatam a falta de segurança, o que vem colocando em risco a vida e a integridade física de internos e funcionários, bem como esclarecer sobre o  número reduzido de funcionários por unidade relativamente ao número de internos  e providências adotadas pela Administração para apuração dos fatos e medidas de prevenção de rebeliões, conflitos e superlotação nas unidades.



JUSTIFICATIVA


Em Audiência Pública realizada no dia 20 de fevereiro na Assembleia Legislativa de São Paulo, funcionários da Fundação Casa (antiga FEBEM) apresentaram denúncias sobre as precárias condições de trabalho e insegurança a que estão submetidos nas unidades da Fundação.

Apesar de o governo insistir em propalar a versão de que as rebeliões na FEBEM fazem parte do passado, funcionários convivem ainda hoje com graves e violentas rebeliões, muitas admitidas apenas como meros tumultos pela Fundação.  

No ultimo dia 21 de fevereiro de 2013 a situação se agravou e mais uma rebelião ocorreu em uma das unidades, a Unidade Internato Vila Conceição, na zona leste de São Paulo, onde internos da Fundação fizeram uma rebelião rendendo funcionários que tiveram lesões físicas e foram encaminhados a hospitais da região. Os internos destruíram parte do Complexo e foram colocados em espaço reduzido que não havia sido destruído.

A situação é preocupante e não se restringe a algumas unidades tendo em vista relatos de que rebeliões em outras unidades também vêm ocorrendo com frequência e somente na última semana, duas unidades tiveram rebeliões.

Além da rebelião na Unidade Internato Vila Conceição, outra rebelião ocorreu na Unidade Jatobá, localizada na Rodovia Raposo Tavares, onde um grupo de internos queimou mesas, cadeiras, portas e agrediram funcionários no início da noite do dia 23 de fevereiro.
A Fundação Casa não tem garantido condições de trabalho com segurança aos funcionários e tem se restringido a encaminhar os casos para a Corregedoria apurar, omitindo-se da sua obrigação de solucionar a situação de insegurança a que estão submetidos funcionários e internos. Nessa lógica de responsabilização e punição de funcionários a Fundação tenta se eximir da sua responsabilidade sobre a falta de segurança nas unidades.
Apesar da propagação de um “novo modelo” com a construção de unidades menores, a realidade é bem diversa da que o governo tenta apresentar. Unidades da Fundação Casa estão superlotadas, com capacidade superior ao  anunciado como ideal para cada unidade e internos dormem no chão em razão da superlotação.
A situação é preocupante e torna-se necessário e premente o comparecimento da Presidente da Fundação para esclarecer a esta Comissão sobre as providências adotadas para que se evitem novas rebeliões e para a garantia de segurança aos funcionários que desempenham suas atividades nas unidades.




SS, 25 de fevereiro de 2013




ALENCAR SANTANA  BRAGA                          ANTONIO MENTOR
Deputado Estadual                                                Deputado Estadual
Líder da Bancada do PT

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